27 de outubro de 2013

Capítulo 64 ზ Uma foto nossa



  É tão bom estar com o Bruno novamente, sinto-me com todas as minhas partes, as que eu preciso para viver bem. Completa. Eu, o Bruno e a nossa filha.

- Amor, vamos almoçar? - Bruno corta meus pensamentos.

- Vamos, claro! Tchau pessoas barulhentas. - Referi aos meninos.

- Até parece que não vamos nos ver depois! - Jay fala debochado.

- E não vamos! Depois do almoço minha cama me espera! - Digo abrasando a barriga levemente.

- Tão virada num bicho preguiça, hein! - Eric fala.

- Sempre fui! - Retruquei e pus a língua para fora, eles riram e nós saímos.

  Entrei no carro com a ajuda do Bruno e ele acomodou-se no volante em seguida. Liguei a rádio e começou a tocar a música When I Was Your Man, aumentei bem o volume, às lembranças de logo que voltamos a nos relacionar se fizeram presente, as mesmas sensações. Batucava os dedos na perna conforme ritmo do piano e o timbre de sua voz rouca que eu tanto amo e diferente daquela época, agora misturo o futuro com o passado, as recordações com imaginações de nós sentados na beira da piscina da casa do Bruno cuidando da Emily e brincando com o Ge. Uma família feliz, a minha família...

- Pensativa... - Bruno me corta os pensamentos pela segunda vez.

- Faz bem! - Sorri de canto.

- Desde que sejam em coisas boas! No que tanto pensa? - Ele divide olhares entre eu e o trânsito em quanto pergunta.

- Família! Falta tão pouquinho para termos ela nos braços! - Senti meus olhos arderem.

- Ohana! Bê, quero que volte lá para casa. Na verdade que nos acompanhasse nos últimos shows da Tour. - Toca meus braços num carinho leve.

- Espera um pouco, já adiantamos tanta coisa... E sobre viagens, eu não sei se é seguro grávidas de sete meses andar de avião! - Disse.

- Acredite, foi muito difícil passar noites sem vocês! - Sorriu.

- Poderia ter chamado as mulheres de lábios carnudos e suculentos! Afinal já foram aprovadas como boas companhias! - Falei o que não deveria.

- Eu...

- Desculpa, eu não deveria! -  Clima chato se fez presente.

- Eu também não! - Torceu os lábios.

  Permanecemos em silêncio até chegar no restaurante. Uma jovem lá nos indicou uma mesa mais retirada e nós fizemos nosso pedido. Evitamo-nos olhar um no olho do outro e vez ou outra quando isso acontecia trocávamos sorrisos tímidos para disfarçar toda situação desconfortável. A comida chegou alguns minutos depois e só o cheiro vez minha boca salivar, estava realmente maravilhosa, comi com tanta vontade que até eu mesma me surpreendi, foram poucas as vezes que isso aconteceu durante a gravidez, principalmente com coisas salgadas.Pedimos a sobremesa, eu escolhi uma taça de sorvete de limão com calda de chocolate, já o Bruno preferiu um bolo estranho.

- Ai! Eca! - Tapei o nariz quando chegou o doce do Bruno, que fedor de ovo.

- O que foi? - Ele perguntou enquanto comia grandes colheradas de seu doce.

- Ovo! Ah... - Senti um arrepio do início ao fim da espinha, acabei nem conseguindo tocar na minha sobremesa.

  Me desculpei com ele por ter pedido o doce e nem ter o tocado, mas ovo realmente me enjoa! Saímos do restaurante e a meu pedido seguimos para minha casa. Entrei no apartamento e retirei o que tanto me incomodava, as botas,. Meus pés estavam uma bola, mexi os dedos para tentar aliviar a agonia mas não resolveu muito.

- Alguém precisa de massagens! Vem, levanta! - Bruno me ofereceu sua mão, eu segurei e ele me pegou no colo.

- Tá doido? Me solta Bruno, eu tô grávida, é perigoso! - Pedi nervosamente.

- Confia em mim! Eu nunca seria capaz de fazer algo que eu não aguentasse! - Ele disse e eu afundei minha cabeça em seu pescoço.

  Ele é doido, subir com uma grávida num lance de escadas com uns quinze degraus! Eu tenho medo disso, principalmente nessas condições, e também porque já caímos um vez, foi proposital, mas caímos. Ele me colocou no chão só quando entramos no meu quarto. Ele disse que me daria banho, eu ri e neguei, é claro! Mandei ele ficar quieto me esperando...

  Entrei no box e tomei um banho morno, quando eu estava prestes a sair alguém começou a fazer festa dentro de mim, senti cosquinhas e consegui ver partes da minha barriga se mexer. Nada a fazia parar, comecei achar que tivesse algo errado. Chamei o Bruno.


- Aconteceu alguma coisa? - Perguntou preocupado.

- Espero que não! Me dá sua mão! - Abri uma fresta da porta do box e a segurei, levei até onde sentia os movimentos dela mais forte.

- Isso dói? - Ele pergunta.

- Não, só faz cosquinhas! Mas ela não tá afim de parar! - Rimos.

- Vem, sai do banho! - Ele diz abrindo o a porta do box e eu me viro.

- Bruno! Licença! - Pedi de costas a ele.

- Ah, que isso Bê! Não tem nada aí que eu não tenha visto! Vem, vou te ajudar! - Falou e me virou, é estranho estar nua na frente dele depois de dois meses.

  Ele me ajudou sair, me sequei e vesti uma roupa quente confortável.  Voltei para o quarto e o Bruno estava sentado na beirada da cama olhando para umas fotos no meu mural, talvez reparando que não tenha nenhuma nossa!

- Falta uma foto nossa aí! - Bruno falou, eu não disse?

- Eu tenho umas nossa na câmera, mas nunca fui revelar, você é uma figura pública! - Expliquei.

- Ah. Posso ver? Eu não lembro qual é... - Pediu, abri meu guarda-roupa e  retirei-a cuidadosamente.

- Aqui. Tem umas quatro! - Liguei a máquina e o entreguei.

- Quem tirou essa? - Bruno se impressionou.

- O Ryan, lá no estúdio! - Ri.

  Ficamos vendo as fotos e eu logo cortei o barato dele, hoje é dia de trabalho e ele tem que voltar para o estúdio. Relutantemente ele aceitou, nos despedimos e ele saiu, disse que passaria aqui durante a noite e eu avisei que de tarde iria ver a Dri, levaria o presentinho de madrinha!


CONTINUA?

Demorei porque tive complicados dias na escola e falta de ideia, algo normal, né! Então, é simples mas espero que gostem e comentem. Sem comentários, sem fic! u.u

Beijooos!

20 de outubro de 2013

Capítulo 63 ზ Just The Way You Are


  [...] Dois meses depois.

  Segunda semana de Julho, sete meses completos e inverno! Agora estou literalmente vagabundeado, trabalho só depois do nascimento da Emily, e por falar nela hoje tenho ultrassom. Acordei cedo, tomei um banho bem quente, me vesti, uma blusa de manga comprida de tecido fino que se modela conforme a barriga, um legging para não me apertar, um casaco grande e quente de cor clara e botas. Fiz uma trança bagunçada nos cabelos e um delineado fino com o delineador na pálpebra móvel dos olhos.


- Falta só dois meses filha! Nos veremos em breve! - Falei acariciando a barriga por cima das roupas na frente do espelho. 

  Peguei minha bolsa e desci para tomar café. Fiz uma torrada, servi um copo de suco de laranja e peguei uma maçã. Fui para sala assistir tv, fazer um tempo, ainda tá bem cedo para a consulta. E ah, antes que me perguntem, eu e o Bruno não voltamos, eu disse para ele pensar e escolher um rumo para sua vida e essa foi sua decisão, sou obrigada a aceitá-la, tá sendo complicado não sentir falta, lembrar, principalmente durante a noite, mas talvez seja melhor assim, sem brigas! Que fique claro, não perdemos contato, pelo contrário, ele me manda mensagens seguidas de bom dia e pergunta como estamos, mas nada além disso. 

  Outra coisa que eu não falei, a Hynaie foi morar na Europa, uma famosa revista a convidou para ser editora chefe e ela foi, nos despedimos no mês passado. Já a dona Adriana, bom, prevejo um ótimo relacionamento com o Phred! Pelo que sei, os encontros dos dois estão casa vez mais constantes! Fui despertada dos pensamentos com meu celular apitando mensagem. 

  "Bom dia, como tá? Hoje é o dia da ultrassom né? Posso ir com você? Beijos." - Bruno.

  "Bom dia, tudo certo e você? É sim e claro que pode ir!"

  "Indo... Brigada, te busco aí, tomamos café e vamos, pode ser? - Ele responde em seguida.

  "Pode, mas acabei de tomar café! Não demora" - Disse  guardei o celular na bolsa, previ que ele não responderia a não ser quando já estiver aqui.

  Coloquei as louças na pia, desliguei a tv e voltei ao quarto, escovei os dentes, peguei as coisas que tenho que entregar ao Bruno e desci de novo, tranquei a porta e saí. Fiquei matando o tempo conversando com o porteiro, ele é um senhor engraçado e querido, sempre trata todos muito bem.

 - Tá enorme essa menina, hein! - Ele disse me analisando por cima do balcão.

- Só mais alguns meses e você vai ver ela correr muito por aqui! - Brinquei.

- Sem bagunça aqui mocinha! - Rimos e meu celular apitou mensagem do Bruno.

- Bom, vou indo! Até mais! - Falei e acenei.

- Bom médico! - Respondeu.

  Atravessei a rua e entrei no carro do Bruno, nos cumprimentamos com um beijo no rosto, já disse que parecemos estranhos? Pois é, isso é horrível e está me matando!

- Para você entregar! - Disse e lhe dei a embalagem com os cupcakes dos padrinhos e madrinhas.

- Que lindo! Vamos entregar juntos! - Sorriu mostrando as covinhas e largou a embalagem no banco de trás.

  Seguimos até o consultório em silêncio, eu acabei me perdendo em pensamentos como de costume e com o Bruno pareceu acontecer o mesmo. A consulta foi a tranquila. O médico me explicou que agora a Emily já tem os cabelos formados, cor definida, mas pode mudar após o nascimento. Além das mudanças constantes de humor e só o que eu posso fazer para amenizar isso é uma boa noite de sono - o que tem sido difícil porque minha filha está serelepe -, uma alimentação regulada - mais do que já tenho - e exercícios físicos.

- Doutor, qual o tamanho dela? - Bruno.

- Vinte e quatro centímetros. - Respondeu o médico.

  Trocamos algumas palavras, marcamos uma nova consulta e nos despedimos. Hoje foi a consulta mais rápida que já tivemos, sem muitas explicações, dúvidas e problemas. Fomos embora.

- Vai pro estúdio comigo hoje? - Pediu.

- É melhor não! - Neguei, pra que essa aproximação dolorosa?

- Por favor! Fica lá hoje! - Insistiu.

- Tá bom, Bruno, tá bom! Só um pouco! Preciso da minha cama! - Respondi e ele riu.

  Sinceramente não queria que ir para lá, porque ficar lá vendo ele e não poder abraçar, dizer que sinto sua falta me dói e isso é só o que eu não quero agora! Nós ficamos dois meses sem nos ver direito, apenas um sms dia sim dia não de bom dia, eu tive que me contentar com isso do nada ver ele assim tão próximo sem poder falar ou fazer nada não dá, estou me esforçando muito, pela minha filha, mas poucos sabem o quão doloroso tem sido.

  Bruno POV'S

"- Bruno, você precisa dar um jeito nisso! - Disse Phil irritado.

- Ela não vai aceitar, quer que eu faça o que? - Eu respondi.

- Aprenda a dar o devido valor as pessoas, principalmente a mãe da sua filha! Bruno, você acha mesmo que ela está bem lá sozinha? Sabe o quanto elas ficam emotivas durante a gravidez? Sabe o quanto elas sofrem com as dores? Sabe quantos desejos elas tem durante a noite? E sabe o que elas mais precisam? Você não sabe de nada Bruno, nada! Sabe se a Beatrice passou mal esses dias? Não, não sabe, porque é um irresponsável! - Phil falou tudo aquilo com tanta frieza.

- Tá sabendo de algo que eu não sei Philip? - As palavras dele me assustaram.

- Tô Bruno, de muita coisa! Você ligou para ela alguma vez durante esses dois meses? - Perguntou seco.

- Não. - Falei.

- Pois é Bruno, eu liguei para ela algumas vezes, ela tava com voz de choro, disse que sentiu algumas dores e não quis incomodar ninguém, a Urbana conversou com ela e lhe deu dicas, mas eu sei que no fundo era mentira, sei que ela chorou porque te ama enquanto você curtia a bebida. E sabe o que era o certo a fazer? VOCÊ TER IDO LÁ CUIDAR DELA, É SEU DEVER! ELA NÃO FEZ AQUELA FILHA SOZINHA!"
 
  Eu fiquei com a conversa minha e do Phil na cabeça por um longo tempo, e foi isso que me fez tomar a atitude de hoje, ir ao médico com ela. Durante todo esse tempo eu fiquei mal, bem mal mesmo, mas tentei não demostrar mas o Phil notou e me xingou com toda razão! Sinceramente não sei o que tem acontecido comigo, não que eu seja um anjo, mas nunca agi de uma forma tão inútil quanto agora. Coloquei um ponto nessas minhas atitudes irresponsáveis e vou me comprometer ao menos com a minha filha, se ela tenha desistido de nós.

[...]

  Beatrice POV'S

- Olha quem apareceu! E aí gorda? - Phil veio me cumprimentar primeiro.

- E aí careca! - Sorri abraçando-o em seguida.

- Tá uma grávida linda hein! Tomara que a Emily puxe a você, porque se puxar ao pai, coitada! - James zombou do Bruno.

- Muito engraçado você Jay! - Bruno disse oferecendo-o o dedo do meio.

  Me acomodei no sofá e fiquei conversando com o Ryan e Phredley enquanto os outros faziam algo mais útil. Phil chegou se metendo na nossa conversa e os dois acabaram saindo da volta.

- Como tem sido esses dias? - Perguntou atencioso passando a mão na barriga.

- Difícil, mas foi a decisão dele, né! - Sorri fraco.

- Ele vai voltar atrás se não for tarde! - Sorriu.

- Posso saber o que conversam? - Bruno chegou.

- Nada Bruno! - Phil foi seco, levantou-se e disse no ouvido dele "estou sendo o amigo que você deveria ser", imagino que não era para eu ouvir, mas ouvi muito bem.

- Podemos conversar lá dentro? - Bruno pergunta e eu respondi sim.

  O segui até o escritório, depois da frase do Phil eu fiquei realmente com medo dele ter contato o que havia acontecido durante esses dois meses e se ele contou é sobre isso que o Bruno quer conversar comigo.

- Quero te mostrar uma coisa. Senta aqui. - Bruno me indicou sua cadeira, sentei-me. - Só escuta, tudo. - Continuou.

  Ele colocou o clipe de Just The Way You Are para eu assistir, não intendi muito bem, mas como louco não se contraria, fiquei quieta. Fiquei prestando atenção em todos os mínimos detalhes como nunca, desde ao Bruno, como a letra, a melodia... Aquele clipe é o mais perfeito dele, ele parece ser o cara mais perfeito do mundo, uma pena que eu tenha visto o lado escuro, mas enfim, acabou, sorri no final e ele veio na minha direção.

- Lembra que a uns três anos e meio atrás, você tinha ido lá para minha casa ver sua mãe como normalmente e estavam todos na piscina? - Ele pergunta.

- Mais ou menos! - Fui verdadeira e ele rio.

- Que seja. O Phil falou para você ficar e você aceitou, ficou sentada na espreguiçadeira nos cuidando, e quando o Ryan caiu na piscina você riu, foi a primeira vez que eu vi o quanto seu sorriso era lindo. Daí...

- Você saiu da água e se sentou próximo a mim, puxou  assunto dizendo que eu tinha um sorriso lindo, eu não acreditei. Você ficou pensativo e não disse mais anda. - Eu completei sua frase, agora sim, eu lembro disso, mas o que tem a ver uma coisa com a outra?

- Exatamente. Eu fiquei um tempo ali e depois fui para o meu quarto, peguei umas folha sem branco e escrevi "É tão triste saber que ela não vê o que eu vejo" e "Os lábios dela", não tinha o menor sentido aquelas duas frases, mas eu quis guardar, tempos depois eu comecei a escrever essa música, mostrei ao Phil e ele disse que era linda, que eu estava apaixonado pela minha namorada, me zoaram por eu ter escrito uma música a ela, mas a verdade é que nunca foi para ela, todas as partes que escrevi era você que eu via, e quando eu cantava era os seus lábios que eu enxergava. A única pessoa que sabe disso hoje é você, eu e o Phil, para variar. - Sorri com tudo que ele disse, mas não consegui dizer nada.

- Você pediu um tempo, eu pensei, talvez por tempo de mais, agi das piores formas com alguém que não merecia, fui um irresponsável, tentei esconder o quanto estava mal por nossas brigas, mas não consegui, só me fiz sofrer com isso. - Ele disse olhando nos meus olhos marejados.

- Nos fez! - Completei.

- Me desculpa por todas as brigas que arrumei com você, pelas vezes que deixei você sozinha sentindo dor e por todas as que fiz você chorar. Eu quero que me aceite de volta, e eu sei que não será fácil ter sua confiança de novo depois do que eu fiz, mas não aguento mais saber que enquanto eu tô aqui às vezes rindo você está lá sozinha chorando, você não merece isso. Por favor, sei que ainda sente algo por esse idiota aqui. - Ele disse e segurou minha mão.

- É difícil parar de amar quando você aprender a amá-lo do jeito que ele é. E sobre desculpar, é claro que desculpo, faz parte da vida, tudo acontece por um motivo e mesmo que doa uma hora passa. - Sorri.

- Tem um sim dentro de toda essa frase filosófica que você disse? - Ele me fez rir.

- Tem vários! - Respondi.

- Me dá um beijo? - Bruno pediu.

- Isso não é coisa que se peça e sim que se robe. - Eu terminei de falar e ele me puxou para um beijo.


- Eu senti falta do seu beijo! De você, da nossa filha! E por favor, mesmo que eu faça qualquer merda, não vai embora assim! - Disse sorrindo.

- Seja um bom garoto. - Ri.

  Ficamos mais algum tempo ali no escritório dele e resolvemos entregar os cupcakes para os padrinhos. Eu saí da sala e avisei o Ryan e Phil de que Bruno estava o esperando no escritório. Fui no carro dele e peguei a sacola no banco de trás, dei uma olhada se estava tudo certo, tranquei o carro e entrei, fui direto na sala.

- Se não gostarem vão ter que engolir, presente impossível de trocar. - Bruno disse e os entregou o cupcake.

- "Uncle, you agree to be my best man?" - Phil leu em voz alta. - Mas é claro que sim! Que presente maravilhoso! - Phil continuou e veio me abraçar.

- Obrigada, por tudo! - Disse em seu ouvido, ele entenderia o 'tudo'.

- Sou amigo do idiota ali e seu também! - Respondeu, nos soltamos e foi a fez do Ryan.

- Fiquei surpreso, não pensei que eu seria o escolhido! Eu aceito sim, obrigada! - Disse me abraçando.

- Ele não tinha motivos para não te escolher, bobão! Emily agradece! - Respondi-o.

  Eles parabenizaram e agradeceram o Bruno também. Fiquei feliz, na verdade eu sabia que eles aceitariam, mas é sempre melhor quando você tem certeza de algo.

- Agora, e vocês? Acabou a palhaçada? -Phil disse mais sério.

- Uma família só é feliz quando está completa! - Bruno disse e me abraçou de lado.

- Finalmente! - Ryan disse.




CONTINUA???

Bem meus amores, eu tive muita coisa da escola esses últimos dias, porque como sabem é final de ano e na minha escola mudou a forma de boletim, antes eram notas e agora são conceitos, csa, cpa e cra e com isso eles querem acabar com o nosso último trimestre e forçar a gente a estudar até o final de Novembro o que não vai acontecer comigo, porque quando eu passar eu não vou ir mais, sou revoltada! u.u Enfim, desculpem-me e além da escola eu tive uma falta de ideias, mas aí está.

Comentem por favor! Beijos.

9 de outubro de 2013

Capítulo 62 ზ Noite de festa, ou não


  Abrimos tudo e os guardamos no antigo guarda roupas da Bernie, para não ter perigo de sujar ou estragar. Fomos para o quarto do Bruno assim que organizamos as coisas, me sentei na beirada da cama e tirei o all star, me sinto uma velha cheia de dores, ombro, coluna e pés.

- Tá tudo bem? - Bruno fala escorado na porta.

- Só um pouco de dor no corpo! - Sorri fraco e me ajeitei melhor.

- Huum. - Ele sorri de canto e vem na minha direção.

  Sentou ao meu lado, me fazendo deitar sobre seu peito em seguida. Sorri sentindo seu toque em meu ombro, uma leve massagem, fechei os olhos para acompanhar e acabei relaxando os músculos. O tempo passou ali e pareceu alguns rápidos segundos.

- Os meninos vão numa festa hoje, vamos? - Convidou-me.

- Ah não, quero só dormir, mas vai você! - Falei.

- Vai ficar bem? - Me olhou.

- Claro! - Preferia que ele ficasse comigo, mas não posso impedi-lo de sair com os amigos por causa da minha dor.

- Vou me arrumar! - Me deu um selinho e voou pro closet.

  Olhei no relógio eram sete horas, me levantei e desci, a fome está apertando e eu não posso ficar sem me alimentar direito, faz mal para a Emily. Fui na cozinha, fiz um sanduíche com presunto e requeijão, peguei um copo de suco e sentei na bancada. Acabei viajando em pensamentos, só acordei quando senti o gostoso perfume do Bruno, sorri.

- Sabe onde minha mãe tá? - Eu perguntei.

- Ela passou aqui para largar os presentes e foi para o seu apartamento. - Ele respondeu. - Vou indo, qualquer coisa me liga! - Veio ao meu encontro.

- Boa festa! - Desejei, ele se aproximou para me beijar, mas só teve um selinho, levantei da bancada e coloquei a louça na pia, quando me virei ele parou na minha frente, ergueu meu queixo com uma mão e a outra colocou no meu pescoço, nos beijamos.

- Se precisar de alguma coisa, me liga, tá? Não voltarei tarde! - Sorriu, virou e saiu.

  Após ouvir a porta da sala bater fui para o quarto, tomei um banho rápido, vesti meu pijama de manga e calça comprida, tá mais friozinho. Liguei a tv, peguei meu celular e coloquei no criado mudo junto com meus fones de ouvido, na tv procurei o canal de series na esperança que passasse Friends, mas não, Pretty Little Liars, deixei ali mesmo, abaixei o volume e conectei meus fones no celular, fiquei ouvindo música, foi o que restou.

    Acabei dormindo, acordei à uma hora da madrugada com uma forte dor na barriga, é tipo uma cólica das que te fazem revirar na cama, essas são as famosas contrações que se tem normalmente durante a gestação, eu não lembro muito bem porque acontece, mas é relacionado a um certo movimento que o bebê faz... Levantei, olhei por todo quarto e eu estava sozinha, "não vou chegar tarde" - Ótimo Bruno, pensei. Segui até o banheiro, passei uma água gelada no rosto e depois na barriga, não sei se é certo, mas quando umedeço-a assim, sempre resolve as dores. Voltei para cama, peguei meu celular e nenhum sinal dele. Me mexi muito pela dor, mas me rendi ao sono novamente.

  Ouvi um barulho estrondoso vindo lá de baixo e acordei de novo, essa noite será longa! Olhei no celular, quatro e meia. Calcei meu chinelo e desci, dei de cara com o Bruno podre de bêbado com uma garrafa de Whisky na mão tentando tirar os sapatos, uma cena cômica se não fosse o meu namorado.

- Bruno, o que aconteceu? - Me aproximei para ajudá-lo.

- Bebi, muito, como a muito tempo não fazia! - Ele ergueu a garrafa.

- Tô vendo! Vem, vou te ajudar! - Segurei seu braço para ajudar ele a subir.

- Não, me deixa! Eu dancei até o chão! - Renega minha ajuda.

- Você vai cair, deixa eu ajudar! - Falei retirando a garrafa de sua mão colocando sobre o raque da sala, segurei em seu braço e nos guiei até a escada, abri a porta do quarto com dificuldade.

- Eu dancei com uma loira e uma morena muito gostosa, elas tinham lábios carnudos e suculentos! - Ele disse rindo e eu senti uma pontada no meu peito, mas fiquei quieta, o coloquei sentado dentro do box e liguei o chuveiro no mais gelado.

  Eu não sabia o que dizer, então fiquei o olhando, meus olhos já estavam cheios de lágrimas e quando os mesmos se encontraram, elas caíram, não consegui segurar, virei as costas e saí, passei pelo quarto, peguei meu celular e bati a porta.

  
 

  Só não saio daqui agora porque tá tarde, ou cedo de mais e minhas condições estão péssimas, além do meu carro estar com a minha mãe. Dei passos largos até o quarto de hóspedes ao lado do dele, entrei e tranquei a porta. Me deitei na cama e ouvi uma barulho depois o Bruno xingando algo, apertei meus olhos e virei para o lado da janela nisso a Emily mexeu. 

- Desculpa filha! - Dei um longo suspiro e controlei às lágrimas. 

  Ele me traiu e falou na minha cara, rindo, como ele pode? Que amor é esse? As vezes penso se nosso relacionamento é certo, se devemos continuar, parecemos tão infantis, mas o problema é que eu aprendi a amar aquele idiota do jeito que ele é, sempre soube dos riscos que corria, mas mesmo assim arrisquei e aprendi a amá-lo... Estou em pedaços! 

  Acordei com uma claridade cinzenta iluminando o quarto, olhei no celular eram nove horas, levantei e abri a janela e aquela corrente de ar gelado me fez arrepiar, olhei para baixo e lá estava o Bruno, sentado na beira da piscina, saí dali antes que ele me visse, fui até seu quarto, peguei um casaco mais comprido, uma legging, uma blusa de manga comprida e meu tênis, voltei ao de hóspedes, tranquei a porta e fui me trocar, vesti-me e fiz minha higiene. Guardei o celular no bolso do casaco, destranquei a porta e saí.

- Onde você vai? - Ele apareceu na área antes deu abrir a porta da frente da casa. 

- Qual o seu problema? - Ignorei a pergunta. 

- Idiotice aguda! - Não me olhou nos olhos. 

- Só descobriu agora? Como é inteligente! - Respondi seca e irônica. 

- Não vai, por favor! Me desculpa, eu sei que agi... 

- Esse é o problema Bruno! Eu arrisquei, fiquei com você, mas aí você vez uma merda, eu perdoei e você de novo agiu como um idiota sem responsabilidades. Mas sabe que é pior? - Perguntei e ele negou. - O problema é que eu te amo e vou acabar voltando atrás, sou uma idiota apaixonada! - Meus olhos lacrimejaram.

- Eu tava bêbado! - Argumentou.

- Se tivesse agido como um homem adulto, teria bebido menos, se divertido e vindo cedo para ver como a mãe da sua filha estava, ela diria que teve fortes dores, e você a ajudaria, mas não, preferiu agir pior que um adolescente e não sabe o que aconteceu aqui enquanto se divertia me traindo! - Disse rápido.

- Você passou mal? O que aconteceu? - Se preocupou, tarde de mais.

- Não faz diferença, precisamos de um tempo! - Acredite, doeu mais em mim dizer isso do que nele.

- Mas eu te amo! - Relutou.

- Se me amasse não teria buscado o beijo de outras mulheres! Vai pensar em tudo, vê se tem motivos para todas essas brigas diárias, vê se vale apena continuar assim, poe a cabeça no lugar e escolhe um rumo para sua vida! Só não esquece, confiança não se ganha, se conquista! - Falei, virei as costas e saí.

  De novo, saí de sua casa chorando, coloquei a mão no peito e respirei fundo, olhei para trás e ele me cuidava pela janela, um olhar distante e perdido. Segui caminho, aqui perto tem uma praça e lá tem táxis, caminheiro por uns dez minutos, passos lentos para que minha que eu não tenha falta de ar... O céu escuro estava bem a cara de um domingo e para minha sorte os trovões começaram a ecoar, vai chover e muito! Apressei os paços...

- Entra no carro, por favor! - Me assustei quando o Bruno passou de carro ao meu lado pedindo para eu entrar.

- Eu disse, um tempo! - Respondi e continuei caminhando.

- Não haja irresponsavelmente como eu, olha o temporal que tá vindo, é perigoso para você, para a Emily! - Em partes ele falou a verdade.


Continua? Poucos comentários, né? Só seis, espero que dessa vez tenha mais. Demorei porque a semana foi cheia de avaliações na escola e teve o projeto de aniversário do Bruno, então foi fogo! Enfim, espero que gostem, e quero comentários! :3
Será que agora acabou de vez? Ou é só um tempo? Se bem que o tempo dela é indeterminado!