- Bom dia meu amor! - Debrucei-me sobre a grade do berço para olhá-la. - Shiuu, não chora. Vem! - Tomei-a em meus braços e fui me sentar na cadeira para amamentá-la.
- Vai com calma minha filha, tem bastante leite aí! - Ela estava sugando com força e isso dói muito.
- Bom dia minhas princesas! - Bruno entrou no quarto. - Mas já tá grudada aí filha? Poxa, assim não sobra para mim!
- Amor! - Repreendi ele que caiu na gargalhada, fazendo Emily o olhar.
Terminei de amamentar ela e fui trocar a fralda e roupinha que o Bruno mesmo escolheu. Coloquei ela na cadeirinha de balanço e descemos. Todos já estavam acordados nos esperando para o café. Pete e meu pai se dividiam para olhar cada barulhinho que a bebê fazia, tipo um sensor. Já minha mãe e as meninas tiravam fotos a cada segundo, uma babação só, Emily anda disputada!
Depois do café e algumas risadas eu fui ao quarto me arrumar. Vesti uma calça jeans clara, uma regata branca e um casaco de couro marrom claro e nos pés uma sapatilha. Fiz um rabo de cavalo no alto da cabeça e coloquei os acessórios, colar e brincos. No banheiro escovei os dentes e passei um perfume. Voltei para o qarto, coloquei os documentos e carteira dentro da bolsa e fui ao quarto da Emily arrumar a malinha dela, só por precaução.
Coloquei as duas bolsas no ombro e desci, estavam todos na sala ao redor da Emily.
- Vai sair? - Bruno pergunta.
- Vamos! - Apontei para a Emily. - Não demoramos! - Sorri e a Presley me entregou ela, coloquei-a cuidadosamente na cadeirinha e pus o cinto.
Me despedi do pessoal sem dizer onde vou, mas o Bruno me seguiu até o carro.
- Onde você vai? - Perguntou.
- Vamos dar uma volta amor! Não demoraremos! Estarei com o celular, qualquer coisa liga! - Beijei ele.
- Não tô gostando disso! Mas se cuidem! - Retribuiu o beijo, terminei de prender a cadeirinha no carro e entrei.
- Eu te amo! - Falei baixinho para ele saí.
Ainda lembro do endereço, então não será problema achar o local. Eu prometi e estou indo comprir, já faz algum tempo que não vejo a Jenna e o John, realmente espero que eles estejam bem e possam conhecer a Emily. Não contei para o Bruno onde vou justamente por saber que ele é contra, não quero brigar com ele. Vinte minutos depois eu estacionei o carro no asilo. Desci e peguei as bolsas e a bebê.
- Olá. Em que posso ajudá-la? - A moça da recepção perguntou.
- Vim fazer uma visita a Jenna e John. - Sorri.
- Só um instante. - Ela fez um telefone e logo voltou avisando que eles estão na área de trás.
Dei a volta pelo lugar e cheguei, os vi lendo no sol, exatamente coisas de velhinhos. Me aproximei e John me reconheceu.
- Nasceu?! - Seus olhos brilharam e a Jenna virou-se para me olhar.
- Faz ma semana hoje! - Sorri e me sentei ao lado deles.
- Eu pensei que depois do hospital não a veríamos mais. - Jenna comentou.
- Eu prometi, quando ela nascesse eu viria para vocês a conhecerem! Cá estou eu! - Entreguei a Emily em suas mãos.
- Ela é muito parecida com você minha querida. - John sorriu.
Jenna estava bem emocionada, imagino o quanto deve ter sido difícil para ela ter pedido a filha da qual teria o mesmo nome da minha, e agora o quanto ela deve gostar da criança, desejar tudo do bom e do melhor como desejou para sua filhinha a anos atrás. É um ato tão simples, é só uma visita, não custa nada e faz bem para todos, converso com pessoas sábias e lhes dou uma oportunidade de aproveitar o que foi tirado deles tão cedo, é uma via de duas mãos.
- Seu namorado tem muita sorte, você é uma pessoa incrível! O mundo precisa de mais pessoas como você! - Jenna disse com os olhos lacrimejados e o John concordou.
- Eu faço o que eu posso para ajudar os outros, e não é sempre que encontramos pessoas assim como vocês. - É verdade, eles são ótimas pessoas, e diferentes de muitos depois de um acidente eles querem meu bem, eu posso sentir isso.
Fiquei durante um bom tempo conversando com eles, a Emily já havia dormido um pouco no colo de cada um e logo logo ela acordaria para mamar de novo e se não for na hora ela abre o berreiro, criança mimada, mas só por enquanto!
- Nós já vamos, outro dia nos vemos com mais tempo! - Peguei as bolsas e levantei.
- Muito obrigada Beatrice! Se cuidem! - Jenna levantou-se também.
- Vocês também! Até logo! - Fui acompanhada até a saída, acomodei ela na cadeirinha e entrei no carro.
Coloquei rádio para tocar baixinho e a distrair em relação a fome, não quero ter que parar no meio do caminho...
- Vocês demoraram! - Bruno disse assim que coloquei os pés dentro de casa.
- Nem demoramos! - Sorri lhe entregando a Emily.
Deixei ele com ela na sala de carra amarrada e fui ao quarto, retirei a sapatilha e o casaco, fui ao quartinho da bebê e guardei suas coisinhas no lugar, quanto estava prestes a descer, o Bruno entrou e fechou a porta.
- Porque tá se escondendo de mim? - Ele pergunta sério.
- Eu não tô me escondendo de você Bruno, eu disse, foi só um passeio! - Respondi.
- Então... Onde foram? - Perguntou de novo.
- Fomos visitar a Jenna e o John! - Falei sem olhá-lo.
- Ah, eu já deveria saber... Jenna e John! - Bateu as mãos na perna.
- Viu? Por isso que eu não queria te contar, você é....
- Não! Eu aprendi, você estava certa, me coloco no lugar dos outros agora e se fosse comigo gostaria que fizessem o mesmo! Mas você poderia ter me dito! - Quase não acreditei.
- Bom... Eu não sabia que tinha mudado de ideia em relação a isso! Mas da próxima vez vamos nós três! - Sorri e me aproximei dele.
- É claro! - Me beijou.
Quando nosso beijo estava começando esquentar aquele chorinho alto ecoou pela casa toda, nos separamos e começamos a rir, essa será a nossa mais nova vida. Descemos, Tahiti me entregou ela e eu primeiro a acalmei para depois dar de mama. Bruno sentou-se no sofá e pediu para eu sentar e me escorar nele, assim fiz.
[...]
Todo pessoal já foi embora, está tranquilo, minha mãe me dá uma ajudinha mas nada que se compare ao Bruno, o super pai babão, ele passa horas a fio tocando piano e cantando para ela, eu mal posso esperar para a fase mais espertinha dela, poder a ensinar a falar papai e presentear o Bru com isso... Em relação a ela e as fãs, decidimos não divulgar fotos da bebê de rosto e corpo ainda, só coisas de longe ou tipo a que o Bruno postou no twitter só das mãos deles, nada muito comprometedor a ela...
É cedo, mas eu já estava acordada, fiquei enrolando na cama observando o Bruno dormir serenamente. Escutei o chorinho estridente no outro quarto, dei um beijo no baixinho e fui lá buscá-la.
- Bom dia filha! - Peguei ela no colo, troquei a fralda e voltei para o meu quarto.
- Vamos acordar o papai meu amor?! - Dei um cheirinho no pescoço dela.
Puxei o Bruno fazendo deitar-se de barriga para cima e a coloquei ditadinha sobre o peito descoberto dele.
- Olha quem eu vejo! - Disse ainda sonolento. - Bom dia! Já disse o quanto eu amo ser acordado assim?! - Demos um selinho
- Tá na vez do papai fazer a parte dele, né filha? - Sorri e o Bruno começou a cantarolar uma música qualquer.
Era um ritual, sempre que eu a colocava deitada nele para acordá-lo ele cantava para nós e isso a deixa calma, ela passa o dia tranquilamente, come direitinho, dorme, brinca e não agi mimadamente, é como se fosse um remédio. Ela será mais apega ao Bruno, eu tenho certeza disso.
Ficamos os três deitados ali, Bruno cantava baixo e ela ficava deitada sobre seu peito brincando com as próprias mãozinhas e eu apenas os cuidava, alguns dos gestos dela lembram o Bru, ainda é cedo, mas eu acho e espero que ela se pareça mais com ele, os olhos amendoados, cabelos enroladinhos e covinha no sorriso.
#CONTINUA?
Bora comentar então? Eu espero que sim, atendi ao pedido de muitas por um capítulo a mais e agora quero comentários! Espero que gostem, o próximo já é o último com uma grande passagem de tempo... É isso! Até mais! <3