19 de novembro de 2013

Capítulo 68 ზ Prometi que voltaria


  - Bom dia meu amor! - Debrucei-me sobre a grade do berço para olhá-la. - Shiuu, não chora. Vem! - Tomei-a em meus braços e fui me sentar na cadeira para amamentá-la.

- Vai com calma minha filha, tem bastante leite aí! - Ela estava sugando com força e isso dói muito.

- Bom dia minhas princesas! - Bruno entrou no quarto. - Mas já tá grudada aí filha? Poxa, assim não sobra para mim!

- Amor! - Repreendi ele que caiu na gargalhada, fazendo Emily o olhar.

  Terminei de amamentar ela e fui trocar a fralda e roupinha que o Bruno mesmo escolheu. Coloquei ela na cadeirinha de balanço e descemos. Todos já estavam acordados nos esperando para o café. Pete e meu pai se dividiam para olhar cada barulhinho que a bebê fazia, tipo um sensor. Já minha mãe e as meninas tiravam fotos a cada segundo, uma babação só, Emily anda disputada!

  Depois do café e algumas risadas eu fui ao quarto me arrumar. Vesti uma calça jeans clara, uma regata branca e um casaco de couro marrom claro e nos pés uma sapatilha. Fiz um rabo de cavalo no alto da cabeça e coloquei os acessórios, colar e brincos. No banheiro escovei os dentes e passei um perfume. Voltei para o qarto, coloquei os documentos e carteira dentro da bolsa e fui ao quarto da Emily arrumar a malinha dela, só por precaução.


  Coloquei as duas bolsas no ombro e desci, estavam todos na sala ao redor da Emily.

- Vai sair? - Bruno pergunta.

- Vamos! - Apontei para a Emily. - Não demoramos! - Sorri e a Presley me entregou ela, coloquei-a cuidadosamente na cadeirinha e pus o cinto.

 Me despedi do pessoal sem dizer onde vou, mas o Bruno me seguiu até o carro.

- Onde você vai? - Perguntou.

- Vamos dar uma volta amor! Não demoraremos! Estarei com o celular, qualquer coisa liga! - Beijei ele.

- Não tô gostando disso! Mas se cuidem! - Retribuiu o beijo, terminei de prender a cadeirinha no carro e entrei.

- Eu te amo! - Falei baixinho para ele saí.

  Ainda lembro do endereço, então não será problema achar o local. Eu prometi e estou indo comprir, já faz algum tempo que não vejo a Jenna e o John, realmente espero que eles estejam bem e possam conhecer a Emily. Não contei para o Bruno onde vou justamente por saber que ele é contra, não quero brigar com ele. Vinte minutos depois eu estacionei o carro no asilo. Desci e peguei as bolsas e a bebê.

- Olá. Em que posso ajudá-la? - A moça da recepção perguntou.

- Vim fazer uma visita a Jenna e John. - Sorri.

- Só um instante. - Ela fez um telefone e logo voltou avisando que eles estão na área de trás.

  Dei a volta pelo lugar e cheguei, os vi lendo no sol, exatamente coisas de velhinhos. Me aproximei e John me reconheceu.

- Nasceu?! - Seus olhos brilharam e a Jenna virou-se para me olhar.

- Faz ma semana hoje! - Sorri e me sentei ao lado deles.

- Eu pensei que depois do hospital não a veríamos mais. - Jenna comentou.

- Eu prometi, quando ela nascesse eu viria para vocês a conhecerem! Cá estou eu! - Entreguei a Emily em suas mãos.

- Ela é muito parecida com você minha querida. - John sorriu.

  Jenna estava bem emocionada, imagino o quanto deve ter sido difícil para ela ter pedido a filha da qual teria o mesmo nome da minha, e agora o quanto ela deve gostar da criança, desejar tudo do bom e do melhor como desejou para sua filhinha a anos atrás. É um ato tão simples, é só uma visita, não custa nada e faz bem para todos, converso com pessoas sábias e lhes dou uma oportunidade de aproveitar o que foi tirado deles tão cedo, é uma via de duas mãos.

- Seu namorado tem muita sorte, você é uma pessoa incrível! O mundo precisa de mais pessoas como você! - Jenna disse com os olhos lacrimejados e o John concordou.

- Eu faço o que eu posso para ajudar os outros, e não é sempre que encontramos pessoas assim como vocês. - É verdade, eles são ótimas pessoas, e diferentes de muitos depois de um acidente eles querem meu bem, eu posso sentir isso.

  Fiquei durante um bom tempo conversando com eles, a Emily já havia dormido um pouco no colo de cada um e logo logo ela acordaria para mamar de novo e se não for na hora ela abre o berreiro, criança mimada, mas só por enquanto!

- Nós já vamos, outro dia nos vemos com mais tempo! - Peguei as bolsas e levantei.

- Muito obrigada Beatrice! Se cuidem! - Jenna levantou-se também.

- Vocês também! Até logo! - Fui acompanhada até a saída, acomodei ela na cadeirinha e entrei no carro.

  Coloquei rádio para tocar baixinho e a distrair em relação a fome, não quero ter que parar no meio do caminho...

- Vocês demoraram! - Bruno disse assim que coloquei os pés dentro de casa.

- Nem demoramos! - Sorri lhe entregando a Emily.

  Deixei ele com ela na sala de carra amarrada e fui ao quarto, retirei a sapatilha e o casaco, fui ao quartinho da bebê e guardei suas coisinhas no lugar, quanto estava prestes a descer, o Bruno entrou e fechou a porta.

- Porque tá se escondendo de mim? - Ele pergunta sério.

- Eu não tô me escondendo de você Bruno, eu disse, foi só um passeio! - Respondi.

- Então... Onde foram? - Perguntou de novo.

- Fomos visitar a Jenna e o John! - Falei sem olhá-lo.

- Ah, eu já deveria saber... Jenna e John! - Bateu as mãos na perna.

- Viu? Por isso que eu não queria te contar, você é....

- Não! Eu aprendi, você estava certa, me coloco no lugar dos outros agora e se fosse comigo gostaria que fizessem o mesmo! Mas você poderia ter me dito! - Quase não acreditei.

- Bom... Eu não sabia que tinha mudado de ideia em relação a isso! Mas da próxima vez vamos nós três! - Sorri e me aproximei dele.

- É claro! - Me beijou.

  Quando nosso beijo estava começando esquentar aquele chorinho alto ecoou pela casa toda, nos separamos e começamos a rir, essa será a nossa mais nova vida. Descemos, Tahiti me entregou ela e eu primeiro a acalmei para depois dar de mama. Bruno sentou-se no sofá e pediu para eu sentar e me escorar nele, assim fiz.


[...] 

  Todo pessoal já foi embora, está tranquilo, minha mãe me dá uma ajudinha mas nada que se compare ao Bruno, o super pai babão, ele passa horas a fio tocando piano e cantando para ela, eu mal posso esperar para a fase mais espertinha dela, poder a ensinar a falar papai e presentear o Bru com isso... Em relação a ela e as fãs, decidimos não divulgar fotos da bebê de rosto e corpo ainda, só coisas de longe ou tipo a que o Bruno postou no twitter só das mãos deles, nada muito comprometedor a ela...

  É cedo, mas eu já estava acordada, fiquei enrolando na cama observando o Bruno dormir serenamente. Escutei o chorinho estridente no outro quarto, dei um beijo no baixinho e fui lá buscá-la. 

- Bom dia filha! - Peguei ela no colo, troquei a fralda e voltei para o meu quarto.

- Vamos acordar o papai meu amor?! - Dei um cheirinho no pescoço dela. 

  Puxei o Bruno fazendo deitar-se de barriga para cima e a coloquei ditadinha sobre o peito descoberto dele.  

- Olha quem eu vejo! - Disse ainda sonolento. - Bom dia! Já disse o quanto eu amo ser acordado assim?! - Demos um selinho

- Tá na vez do papai fazer a parte dele, né filha? - Sorri e o Bruno começou a cantarolar uma música qualquer.

  Era um ritual, sempre que eu a colocava deitada nele para acordá-lo ele cantava para nós e isso a deixa calma, ela passa o dia tranquilamente, come direitinho, dorme, brinca e não agi mimadamente, é como se fosse um remédio. Ela será mais apega ao Bruno, eu tenho certeza disso.

  Ficamos os três deitados ali, Bruno cantava baixo e ela ficava deitada sobre seu peito brincando com as próprias mãozinhas e eu apenas os cuidava, alguns dos gestos dela lembram o Bru, ainda é cedo, mas eu acho e espero que ela se pareça mais com ele, os olhos amendoados, cabelos enroladinhos e covinha no sorriso.


#CONTINUA?

Bora comentar então? Eu espero que sim, atendi ao pedido de muitas por um capítulo a mais e agora quero comentários! Espero que gostem, o próximo já é o último com uma grande passagem de tempo... É isso! Até mais! <3

9 comentários:

  1. Awwwwwwwwwwn, Emily chegou chegando, causando, que divinha *-*
    Amei Juu, ta mt fofo e to triste que esta acabando =/

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  2. Aaaaai Meo Corassaum, meos sem timentos, meo tudo molier ! Tá tão perfeito que chorei ! :')

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  3. Simplesmente perfeito, amei o capitulo Juh!
    Pena que ja esta acabando HUM>>>

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  4. Eu não vou aguentar esse fim! Socorro! Poxa ta tudo tão bom pq? :( Enfim continua sim né, tem q ser :/

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  5. Bem que poderia não ter fim né? Bem que poderia ser eterna e tal :p dnsaiondoiase amei o capítulo, amei mesmo! Jenna e John merecem o cuidado da Be \õ e a pequena Emily... quero ver uma foto dela, quero ver se ela é tão linda quanto aos pais *-* Posta logo o próximo - e último :\ TE AMO

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  6. Acho que nem a Juh quer terminar a fic, pq né ..

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  7. Quando encontraremos um amor? Talvez numa balada, num passeio no parque ou quem sabe talvez se olhássemos para o lado ele estará bem ali sorrindo para nós. Por mais que a vida traga junto a ela momentos aos quais faça nos afastar daqueles que tanto amamos, uma hora essa mesma vida trata de nos ensinar que o que é para ser realmente nosso acaba voltando. E volta ainda mais belo que na sua partida e o sorriso tão brilhante que ofusca a lágrima derramada no adeus.
    Sabe Ju, eu poderia passar horas e horas pensando no romance entre o Bruno e a Beatrice um sentimento mutuo, e que era visto visivelmente por todos que os rondavam. Quando a Bê se afastou por conta do comportamento de uma certa criatura que era GF do Bruno fez com que o que ela sentia por ele fosse apenas adormecido, e não apagado. A maneira como eles se reconciliou foi linda demais, e não foi algo rápido foi aos poucos, ressuscitando aquele amor que possuíam dentro deles.
    Menina que “chá de espera” foi aquele que a Bê deu no pobre do Bruno? Quando eu esperava que eles fossem dar aquele beijo desentupidor de pia rolava um selinho. Por que Deus? Isso não se faz okey? Porém isso foi recompensado pela forma carinhosa, o jeito que eles se olhavam. E quando ela escutou a musica dele então? Ela sentia como se faltasse algo, e realmente faltava, faltava o Peter.
    +

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  8. A cada vermelhidão nas bochechas por timidez, a cada sorriso bobo que somente apaixonados são capazes de oferecer, aquele aperto no coração que sente quando se amor se foi mesmo que no minuto passado. Eles cresceram juntos, amadureceram junto até que estivessem pertinho para sempre.
    Falar dos amigos loucos deles? Impossível fazer sem rir. O que seriam de nós se não tivéssemos aqueles que nos fazem rir mesmo que estejamos num dia ruim hein?!
    AA ia esquecer-me do ciúmes que o Bruno tinha para com ela, convenhamos que só sentimos ciúmes daqueles que amamos e eu entendia perfeitamente o lado do Bruno. É como eu li outro dia “O amor não é uma desculpa. Você não pode justificar o ciúme com o amor. Sinto ciúme de você porque te amo demais. Eu já disse isso, mas hoje vejo diferente. Se eu amo demais, o problema é meu. Dizer que ama e quantificar o amor só serve para quem sente. Se eu tenho o maior amor do mundo, o mais puro e o que mais me faz feliz o problema é exclusivamente meu. Sabe por quê? Não importa o amor que eu sinto, não para o outro. Para o outro importa como eu demonstro, me comporto e vivo esse amor. O que adianta eu dizer que o meu amor é o mais puro de todos se eu não mostro isso? O amor não é uma palavra bonita. O maior problema do mundo, hoje, é esse. As pessoas acham que falar basta. Não, falar não basta. O amor não tem que ser dito, ele precisa ser sentido, senão ele não sobrevive.”-Clarissa Corrêa.
    +

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  9. Achei perfeitamente que se encaixaria no romance deles. Eles mostravam os sentimentos, eles acima de tudo SENTIAM. A chegada da Emily foi emocionante, durante toda a gestação o carinho e a felicidades deles em saber que o amor que sentiam estavam rendendo-lhes frutos, o que torta tudo ainda mais incrível. Okey Jú confesso que sou uma romântica nata, com direito a lenços do lado e tudo para limpara as lágrimas. E a cada história de amor que leio tenho certeza de que só seremos felizes no momento que fizermos a escolha certa, não que eu ache que não erraremos, eu tenho certeza que são através de nossos erros que crescemos e evoluímos e foi isso que você nos passou. Com um erro que foi a forma como a Bê saiu da vida do Bruno e como o próprio destino os uniu novamente. Muito lindo de verdade, digo de coração. Não sei se conseguir transmitir tudo nas minhas palavras mas espero que consiga captar aquilo que eu desejei passar –Sorry pela demora para comentar – Só para finalizar quero dedicar esse texto a Bê, o Bruno e a Emily.
    De tudo ao meu amor serei atento
    Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
    Que mesmo em face do maior encanto
    Dele se encante mais meu pensamento.
    Quero vivê-lo em cada vão momento
    E em seu louvor hei de espalhar meu canto
    E rir meu riso e derramar meu pranto
    Ao seu pesar ou seu contentamento.

    E assim, quando mais tarde me procure
    Quem sabe a morte, angústia de quem vive
    Quem sabe a solidão, fim de quem ama.
    Eu possa me dizer do amor (que tive):
    Que não seja imortal, posto que é chama
    Mas que seja infinito enquanto dure.
    – Vinícius de Moraes.
    :)

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