20 de junho de 2013

Capítulo 38 ზ Lembranças


  Obrigada pelos novos comentários suas gatas! Espero que continuem assim, e a leitora nova, obrigada por ler e comentar! :3 

  Boa leitura.

 Terminamos de arrumar as coisas do jantar, fomos para sala. Eu me sentei confortavelmente no sofá e Peter  se deitou em meu colo. Fiquei fazendo carinho em sua cabeça enquanto assistíamos o filme que passava, ou melhor, eu assistia, pois ele estava olhando para uma das paredes, parecia estar viajando...

- Aconteceu alguma coisa? - Tempo depois eu perguntei afagando seus cachinhos com uma mão, e a outra em seu peito. 

- H-ham... Não! Só tô pensando. - Ele responde e sorri confuso


- Posso saber no que? - Perguntei curiosa.

- Pensando em quantas vezes ainda no Hawaii eu fugia de você só por sentir meu coração disparar ao lhe ver. Em quantas vezes eu neguei para mim mesmo que nunca senti nada por você e como o ser humano é burro, como eu fui burro, tentei esses anos todos esconder o que já era certo um dia acontecer! - Ele disse e me olhando. - As vezes eu acho que meu problema é gostar de sofrer. - Ele disse, dei um sorriso forçado  com cada palavra doce que ele dizia, acabei não conseguindo segurar a lágrima fujona.



  Eu não falei nada, ele desviou nossos olhares e sorriu, parecia estar aliviado depois de ter falado tudo aquilo e eu fiquei feliz, claro, não só por suas palavras, mas também por ele ter confiado em mim, ter deixado o orgulho ou medo de lado e ter falado a verdade sem se esconder, por mais que para ele seja difícil se expressar assim.

  Agora é minha vez, ele se abriu comigo, porque eu não posso fazer o mesmo? Vou querer enganar a quem dizendo que nunca senti nada, nadinha por ele? Isso seria ridículo né!

- Lembro de quanto eu vi você com uma menina da nossa escola... A Lívia, foi tão estranho, porque nem eu entendia o que estava acontecendo comigo, eu só tinha vontade de chorar, passei a noite assim e depois ficava me perguntando o porque da tristeza, e claro não achei a resposta porque assim como você eu tentava esconder o que não tinha como... - Falei devagar, ele olhava no fundo dos meus olhos. - Irônica a vida né? - Falei mais baixo, para que só eu ouvisse, mas ele ouviu. 

 Flashback 1996 

- Beatrice, acorda! Você vai se atrasar para escola minha filha! Vamos, seu irmão está pronto! - Gritou minha mãe do corredor. 

  Levantei com mais sono que os outros dias, devo parar de pensar de mais em quem não merece. Fui ao banheiro, lavei o rosto, escovei os dentes, penteei meus cabelos, voltei ao quarto, vesti uma regata preta, e um short jeans não muito curto, coloquei minha pulseira, peguei minha mochila e desci. 

- Que horas são, mãe? - Perguntei quando cheguei na cozinha. 

- Hora de tomar um café rápido e se mandar para escola! - Disse ela servindo o café na caneca.

  Comi uma das torradas que minha mãe tinha preparado junto com o café, depois que terminei saí correndo até o quarto, escovei os desdes, desci e chamei meu irmão que estava em seu quarto.

- Fred, vamos! 

- Boa aula e cuidem-se. - Disse minha mãe na porta, nos despedimos e fomos.

  Escola perto de casa é bom por isso, logo chegamos e na verdade eu preferia nunca ter chegado, essa foi a cena mais dolorida da minha vida, e eu só me pergunto o porque, porque dói em mim? Eu não o amo, nós nunca tivemos nada e mesmo assim dói... 

  Vi Peter e Lívia aos beijos ao lado do portão de entrada da escola, conforme eu ia me aproximando, o beijo deles ia parando, quando cheguei próximo a eles abaixei a cabeça, não queria olhar eles, já vi além do que não queria. Entrei na escola cabisbaixa... 

- Hey Bê! Me espere! - Presley disse logo depois que eu entrei. 

- Oi Pres. - Falei e abaixei a cabeça. 

- Ei, o que aconteceu? Porque essa carinha? - Disse ela com voz doce, colocando a mão em meu ombro. 

- Umas coisas que eu vi... Deixa para lá! - Falei tentando mudar a minha cara de tristeza. 

- Eu até imagino o que é... e olha, não sofre por isso, meu irmão é um idiota, tá sempre dormindo no ponto! - Ela disse e eu fui obrigada a rir. 

- Obrigada Pres! Vamos para sala? - Perguntei, queria esquecer o que aconteceu, mesmo a dor sendo desse tamanho. 

  As aulas foram tranquilas a não ser pelo fato deu não ter prestado atenção, Presley e Mike, meus melhores amigos notaram isso, mas não contestaram nada. No intervalo ficamos sentadas com Tahiti,Tiara e mais umas meninas, foi legal, elas me fizeram rir bastante, por quinze minutos tirei ele da minha cabeça, ou pelo menos tentei! Voltamos para aula, fizemos um trabalho em duplas, e claro, eu e a Pres fizemos juntas como sempre, e Mike fez com uma aluna nova, super querida. Finalmente hora de ir embora. As meninas, meu irmão, Peter e mais umas pessoas resolveram almoçar na praia e claro que eu não fui, queria minha cama para por para fora tudo que está dentro de mim. Saí pelo portão, despedi-me da Presley e quando virei as costas ele me chama. 

- Hey Bê, não vai para praia com a gente hoje? - Falou ele. 

- Não! Até logo Presley! - Falei e virei as costas e pude ouvi ele perguntar " o que houve com ela? ", mas ficou no vácuo mesmo. 

  Segui para casa, não muito tempo caminhando no sol cheguei. Minha mãe estava preparando o almoço. 

- Ué filha, não foi para praia com eles porque? - Perguntou minha mãe. 

- Tô sem vontade! - Falei forçando um sorriso. 

  Subi as escadas, tranquei a porta, larguei minha mochila no chão e me atirei na cama... 




  Ficar sozinha agora é o que eu preciso. Eu sempre pensei que nunca precisasse de você, e realmente não preciso, mas dói, toda vez que eu o vejo! Já me peguei milhares de vezes cuidando seus paços, e porque? Porque tudo isso? 

  Talvez eu estivesse errada, e por mais que nós não fossemos nem amigos,  talvez conhecidos eu sinto sua falta, falta do que você nunca foi, falta do que eu nunca disse, falta dos poucos sorrisos que você me deu, falta da única vez que você me tocou que foi com um beijo de " prazer em conhece-lá " quando nós éramos menores. Talvez meu erro seja em dizer toda vez que eu não preciso de você, que eu não sinto nada, mas quando não te vejo sinto sua falta, como uma parte que falta dentro de mim. 

  Isso é tão confuso para mim! 

  Ninguém jamais imagina que esses sentimentos existam dentro de mim, ou melhor, nem eu sabia deles. Sei que a culpa não é sua, você é livre e eu não devo me meter, mas não sei como deixei isso acontecer, e pior, agora não sei como apagar tudo isso, toda essa loucura que eu mesma cometi.

  [...]

- Filha? - Minha mãe bateu na porta. - Meu amor, você não almoçou, não comeu nada durante a tarde. - Disse ela. 

- Tudo bem, mãe! Não estou com fome. - Falei sem abrir a porta. 

- Abre essa porta Beatrice, coma um pouco! - Impõe-se minha mãe.

  Sequei as lágrimas que caiam, levantei e destranquei a porta, ela entrou sentou-se na cama e eu me deitei ao seu lado olhando para o teto.

- Oh minha Penaki, o que aconteceu? - Perguntou ela. 

- Malditos sentimentos confusos que nunca deveriam existir! - Falei com um pouco de raiva de mim mesma e soltei mais uma maldita lágrima.

- Shiiu! Não diga isso! Eu sei sobre o que e quem você está falando! - Ela disse acariciando minha cabeça. 

- Sabe? - Perguntei secando a lágrima.

- Claro! - Riu. - E vou te falar para esquecer isso, pelo menos agora, não sofra por antecipação, você só tem quinze anos e ele dezesseis, aguarde mais um tempo, você não sabe o que o futuro guarda a vocês! - Ela disse com toda calma. 

- Não entendi mãe, o que quer dizer com isso? - Perguntei em dúvida. 

- Quero dizer que vocês são jovens, que talvez agora não seja a hora de vocês se conhecerem. Você deve esperar, vai que o futuro dá uma chance a vocês? Se ele der, não perca tempo em pensar, aceite-a. - Respondeu ela e eu entendi o recado. 

- Tudo bem! Obrigada mãe! Eu te amo! - Falei e a abracei fortemente, ela sorriu e falou o mesmo. 

- Agora vamos comer alguma coisa? - Perguntou ela e se levantou da cama. 

- Sim, eu já desso... E mãe? Ninguém precisa saber disso né? - Disse forçando um sorriso. 

- Isso? Isso o que? Eu não sei de nada! - Respondeu ela e desceu. 

  As vezes eu acho que não preciso de nada e ninguém, mas minha mãe me faz ver que estou errada, e que preciso apenas de boas palavras amigas, duma mulher experiente e de confiança! Como não amá-la?

  Decidi por conta o esquecer, não esquecer porque seria impossível, mas não deixar esses sentimentos voltarem a acontecer por enquanto, não estamos prontos e somos jovens, para que antecipar algo que pode ser muito melhor no tempo certo? E também, ninguém precisa saber que isso um dia aconteceu, só a Presley, minha mãe e o Mike.

  FlashBack Off 

- Bê? Tudo bem? - Perguntou Peter passando a mão macia em meu rosto.

- Oi? Hã-aham... Tudo, só estava lembrando de umas coisas. - Sorri saindo de um transe. 

- Parecia que estava dormindo acordada! Fiquei preocupado! - Respondeu ele. 

- Sério? Só me perdi em lembranças, nada de mais! - Falei. 

- Então tá, né... Vou ir para minha casa! Já é bem tarde. - Ele disse se levantando e em seguida espreguiçando-se. 

-  Ok... Quando chegar me avisa! - Respondi levantando-me em seguida. 

- Boa noite meu anjo! Se cuida, dorme bem! - Falou e me abraçou, dando em seguida um beijo, apaixonado, carente com despedida. 

- Obrigado, você também! Eu te amo! - Falei mais baixo quando ele ia sair.

    Peter parou no corredor e se virou de volta para mim, aproximou-se e segurou firme minha cintura,  aproximando nossos rostos dando-me um beijo em seguida. Sua língua vasculhava todos os cantos de minha boca, intermediando com leves mordidas em minha língua e lábios, quase sem ar paramos o beijo entre selinhos. Sorri.

- Eu te amo! - Respondeu ele rente a minha boca e saiu.

  Acenei para ele e tranquei a porta, apaguei as luzes e fui para o meu quarto, apenas larguei o celular no criado e me atirei na cama.


CONTINUA?! 

*Penaki - Menina graciosa, nome/apelido havaiano - ( caso alguém tenha esquecido ).*

Bem grande, e confesso que eu gostei desse, auhsuahsha. Espero comentários,e muitos por sinal, porque eu não ia postar hoje para estudar para a prova que tenho amanhã. u.u 

Beijos, boa noite e até mais! 

7 comentários:

  1. Ameeei u.u é claro que continua =D

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  2. Own, pobrezinha, ela ama ele desde sempre, e ele era um cachorro como sempre ¬¬ Normal de Bruno! u.u
    E tem razão em ter gostado desse capítulo, porque ta perfeito e eu amei *-* <3 Continua *u*

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  3. Tá extremamente perfeito <33 Continue :)

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  4. De naada *--*, olha que boom que conseguiu postar hoje , já tava anciosa rs ,ameei o capitulo , aaanw como eles são lindos juntos , e apaixonates .. Continuua ! :D *--*

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  5. Muito lindo,continua logo!

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  6. sofrer por amor é rotina pra mim, fora a trilha sonora. amo essa musica <33'
    lindo esse cap Juh, e mt fofo ♥

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  7. Lindo o capitulo! *--*
    Já sofri por amor, e uma das vezes foi igual a ela.. mas não fiquei cm ele depois.. )=
    Claro que continua! Bjoo ><

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